Mudanças assustam...
Quem não tem medo, que levante a mão! Não 'vejo' daqui ninguém de mão levantada nesse ciberespaço, inclusive eu! Claro que existem muitos corajosos pelo mundo, mas quero compartilhar aqui o ponto-de-vista de quem, como a maioria, não gosta de mudar incessantemente. E que, verdadeiramente, não tem certeza de nada.
"Sei que nada sei"...
É claro que o medo existe em todo o ser humano e, no quesito "escolhas", ele é uma 'soma de medos':
do desconhecido, de dar errado, de perder o que se tem, de se arrepender, de não ser feliz...
Nessa mudança de hemisfério, também tivemos muitos medos, claro, mas não nos deixamos dominar por ele. Ter medo é diferente de ter cuidado: O medo congela; o cuidado previne.
Houve quem se assustou com a nossa decisão de mudar de país.
Há quem achou-a radical.
Há quem duvidou.
Há também quem entendeu.
Há quem sonhou antes mesmo de surgir a vontade.
E há quem previu a mudança muito anos atrás de sequer se sonhar... acredita?
Lembro-me do primeiro sentimento que assomou minh'alma: a vontade de mudar de ambiente, de cidade... Sair de onde morávamos e de buscar um outro pouso familiar. Mas e as raízes, os amigos, nossa história? E o trabalho voluntário, que tanto amava e que iluminava meu caminho? E o futuro dos filhos?...
O futuro dos filhos - essa é a questão que considero das mais importante, acima de que qualquer outra. Com o futuro de um filho não se brinca, imagine de 3! É um peso imenso a se considerar.
Em dois momentos importantes de minha vida decidi abrir mão de um caminho em função da família. Primeiro foi um concurso para professor em uma universidade que ficava localizado fora do Estado do Rio de Janeiro e à 181 km de distância do mar.
Estava para casar e meu marido trabalhava em empresas de navegação. Será que a relação sobreviveria à distância, desde o começo? Inscrevi-me mas no dia optei por não ir ao exame, mesmo sem ainda ter obtido uma colocação profissional. Independente do resultado, mesmo não tendo certeza do futuro da relação, não havia lógica de tentar algo que por si só já seria um obstáculo à vida em comum que nem havia se iniciado concretamente.
O segundo, foi quando recebi um convite para participar dos congressos e de cursos promovidos pelo Comitê Pan-americano de Engenharia de Manutenção - já era delegada do Rio de Janeiro mas não apresentava ou participava de nenhum evento por exigir viagens constantes. Naquele momento, já com 3 filhos, optei em não aceitar.
A minha carreira era a minha paixão. Ministrar aulas e palestras, outra paixão. Juntos, seria o paraíso. Mas a família falou mais alto.
Georgios também abriu mão de sua carreira, ao optarmos em ficarmos no Rio quando fui chamada para o concurso de Engenheira na Prefeitura. Ele, que tinha seu país de origem, pais e parentes cheios de saudades, e um emprego garantido, optou pelo meu sucesso profissional... E eu lhe sou imensamente agradecida, pois essa mudou tudo em minha vida, de 'ponta-cabeça'!!!
A vida é feita de escolhas o tempo todo, mas é preciso que as escolhas sejam decididas com sabedoria: aplicando a razão e a lógica, dialogando com quem divide conosco a caminhada e também ouvindo a opinião das pessoas que são importantes para nós e para o contexto de nossa vida. Ao final, somados os resultados de cada parcela dessa equação, então é que tomamos a NOSSA decisão, deixando para trás as dúvidas, os 'e se...?', os medos.
Não há erro, quando se quer o melhor para todos.
E mesmo que você venha um dia a mudar de opinião, é possível a qualquer momento trocar a direção: o futuro ainda não aconteceu, mas ele é sempre a resposta da VIDA ao presente que se constrói.
Quem não tem medo, que levante a mão! Não 'vejo' daqui ninguém de mão levantada nesse ciberespaço, inclusive eu! Claro que existem muitos corajosos pelo mundo, mas quero compartilhar aqui o ponto-de-vista de quem, como a maioria, não gosta de mudar incessantemente. E que, verdadeiramente, não tem certeza de nada.
"Sei que nada sei"...
É claro que o medo existe em todo o ser humano e, no quesito "escolhas", ele é uma 'soma de medos':
do desconhecido, de dar errado, de perder o que se tem, de se arrepender, de não ser feliz...
Nessa mudança de hemisfério, também tivemos muitos medos, claro, mas não nos deixamos dominar por ele. Ter medo é diferente de ter cuidado: O medo congela; o cuidado previne.
Houve quem se assustou com a nossa decisão de mudar de país.
Há quem achou-a radical.
Há quem duvidou.
Há também quem entendeu.
Há quem sonhou antes mesmo de surgir a vontade.
E há quem previu a mudança muito anos atrás de sequer se sonhar... acredita?
Lembro-me do primeiro sentimento que assomou minh'alma: a vontade de mudar de ambiente, de cidade... Sair de onde morávamos e de buscar um outro pouso familiar. Mas e as raízes, os amigos, nossa história? E o trabalho voluntário, que tanto amava e que iluminava meu caminho? E o futuro dos filhos?...
O futuro dos filhos - essa é a questão que considero das mais importante, acima de que qualquer outra. Com o futuro de um filho não se brinca, imagine de 3! É um peso imenso a se considerar.
Em dois momentos importantes de minha vida decidi abrir mão de um caminho em função da família. Primeiro foi um concurso para professor em uma universidade que ficava localizado fora do Estado do Rio de Janeiro e à 181 km de distância do mar.
Estava para casar e meu marido trabalhava em empresas de navegação. Será que a relação sobreviveria à distância, desde o começo? Inscrevi-me mas no dia optei por não ir ao exame, mesmo sem ainda ter obtido uma colocação profissional. Independente do resultado, mesmo não tendo certeza do futuro da relação, não havia lógica de tentar algo que por si só já seria um obstáculo à vida em comum que nem havia se iniciado concretamente.
O segundo, foi quando recebi um convite para participar dos congressos e de cursos promovidos pelo Comitê Pan-americano de Engenharia de Manutenção - já era delegada do Rio de Janeiro mas não apresentava ou participava de nenhum evento por exigir viagens constantes. Naquele momento, já com 3 filhos, optei em não aceitar.
A minha carreira era a minha paixão. Ministrar aulas e palestras, outra paixão. Juntos, seria o paraíso. Mas a família falou mais alto.
Georgios também abriu mão de sua carreira, ao optarmos em ficarmos no Rio quando fui chamada para o concurso de Engenheira na Prefeitura. Ele, que tinha seu país de origem, pais e parentes cheios de saudades, e um emprego garantido, optou pelo meu sucesso profissional... E eu lhe sou imensamente agradecida, pois essa mudou tudo em minha vida, de 'ponta-cabeça'!!!
A vida é feita de escolhas o tempo todo, mas é preciso que as escolhas sejam decididas com sabedoria: aplicando a razão e a lógica, dialogando com quem divide conosco a caminhada e também ouvindo a opinião das pessoas que são importantes para nós e para o contexto de nossa vida. Ao final, somados os resultados de cada parcela dessa equação, então é que tomamos a NOSSA decisão, deixando para trás as dúvidas, os 'e se...?', os medos.
Não há erro, quando se quer o melhor para todos.
E mesmo que você venha um dia a mudar de opinião, é possível a qualquer momento trocar a direção: o futuro ainda não aconteceu, mas ele é sempre a resposta da VIDA ao presente que se constrói.
"Prefiro ser/ uma metamorfose ambulante/do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo..."Boas mudanças!!!
UAU!!! Gostei imenso desse texto, mãezinha :)
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