Olá, companheiros de alma estrangeira, alma feliz e doída pelos últimos acontecimentos.
Hoje li os seguintes comentários de manifestações em Portugal:
Giulia Pizzignacco, 22 anos, Lisboa (Portugal) - 18/06"O ato em Lisboa foi pacífico e bastante organizado. Reuniu em torno de 400 pessoas, sendo a grande maioria brasileiros mas contando com a presença de portugueses também. Todas com cartazes que como podes ver nas fotos, abordam diversas questões problemáticas do Brasil. Tendo como principal alvo de críticas a Copa do Mundo e o Governo da presidente Dilma. Muitos dos hinos cantados, além do hino nacional, que foi cantado mais de uma vez e com muita emoção, foram: "Brasil, Grécia, Turquia e Portugal, a revolução é internacional" , "Dilma, pode parar, professor vale mais do que o Neymar", "O povo foi pra rua, Dilma a culpa é sua", "Vem, vem pra rua, vem!". A música também cantada a pleno pulmões, relembrando a música tema da ditadura de 64 foi "Roda Viva". O ambiente estava de muita emoção e não houve qualquer ato de violência. Também acompanhou todo o protesto um grupo de maracatu. E a polícia não interviu em nenhum momento, pois a manifestação é legalizada."Filipe Arruda, 22 anos, Porto (Portugal) - 18/06"Todos se reuniram - éramos uns 400 - na praça da avenida Aliados, às 17h. Foi um ato bastante pacífico. De acordo com as informações divulgadas pela responsável do evento, já havia consentimento por parte da Câmara Municipal e da Polícia. Em sua maioria, eram brasileiros. Mas também houve apoio por parte de alguns portugueses e estudantes de outras nacionalidades. Acredito que esse é um momento ímpar na história recente do nosso país, mas infelizmente estou a ver isso de longe, hehe. Mas esse ato, compartilhado por muitos aqui em Porto, reflete o desejo e o apoio pelas manifestações pacíficas por um Brasil mais justo. Como já é bastante divulgado, não é somente sobre a passagem. Foi só o estopim. Como vi em um cartaz: "Nós saímos do Brasil, mas o Brasil não saiu da gente"."
Conheço essas duas cidades, e meu coração se emocionou ao sentir a vibração do ambiente...
Eu havia preparado um material para publicar hoje, mas ele tornou-se secundário frente ao movimento que o Brasil - pela primeira vez - está realizando. Que me desculpem aos que não concordam, mas os movimentos anteriores ('Diretas Já' e a Deposição do Pres. Collor) foram manipuladas pela mídia, tão somente - o povo não se manifestaria se não fosse permitido e estimulado...
Estou a km's de distância, mas é possível perceber que o Brasil passa por um momento importantíssimo, e que a atitude pessoal de cada cidadão marcará e dará o 'tom' do seu futuro: o de manter o controle dos protestos, sem violência e com civilidade; ou deixar que a minoria de baderneiros justifiquem uma ação repressiva por parte das autoridades.
Se for o primeiro caso, estamos assistindo o início do caminho para a mudar: o povo será o artífice de seu futuro, reduzindo a corrupção e trazendo para si a responsabilidade em exigir e cobrar de seus representantes eleitos a saúde gratuita e humanizada, a educação de qualidade, o trabalho digno e a segurança de ir e vir, sem temer o 'bandido na esquina'.
O segundo, bem, este será mais anos de acomodação e de individualismo...
É utopia acreditar que iremos acabar com a corrupção, com a miséria, com as diferenças sociais. O que podemos e devemos acreditar é que todo o cidadão tem o direito de viver com dignidade!
Todos devem perguntar-se se desejam mudar agora o país, ou se preferem deixar para seus netos o direito a uma nova tentativa! Creio que nesse caso não serão os filhos, pois estes estão assistindo a tudo que se passa, e o seu resultado alimentará seu idealismo e amor à Pátria, ou minará sua crença no futuro, em si e em Deus.
Não vamos perder nossa fé.
Não vamos perder nossa esperança.
Não devemos permitir que o mal suje de vermelho o bem e o bom de cada cidadão.
Vamos ser exemplos para as gerações futuras: exemplos de tolerância, exemplo de perseverança, exemplo de coragem e exemplo de honestidade!
Que a terra do Evangelho não tenha mais sua história manchada de canhões mas de flores!
Sabemos que o mal jamais dominará o bem - que sejam pelas vossas mãos e mentes a manifestação e a supremacia do BEM. Ou outros farão isso no futuro e nós nos perderemos novamente...
Sucesso a todos, e que a Caridade (o nosso "BIP"- LE, q. 886) seja a nossa bandeira de luta pela PAZ!
Realmente, eu estou orgulhosa de ver o povo se levantar!!!
ResponderEliminarBjinhos
De Antonio M.
ResponderEliminarTive a oportunidade de assistir a um batizado quando estive na Grécia, em setembro de 2012. Sem perceber, me levaste a uma nova viagem à Grécia. Sobre teu comentário da perda da história grega, se me permite, posso comentar que a partir de um determinado instante,
praticamente, 1000 anos a história mundial foi narrada por escritores
ligados a Igreja Católica (monges, clérigos, padres). Euzébio de
Cezareia foi o primeiro escritor eclesiástico por volta do final do
século III e início do IV que escreveu a vida dos Santos Apóstolos. De
lá até o final do século XIII, a historiografia estava voltada ao
poder divino. No início do século XIV com o enfraquecimento da igreja
católica (fim da idade medieval ou média), surge a idade moderna. Os
escritores começaram a mudar o enfoque de seus escritos. Eles deixam o
poder divino para se dedicarem a príncipes, reis. Estavam surgindo a
cortes principescas. Chega, ufa, falei muito.