Relendo
as minhas anotações desde que cheguei, sinto um gostinho de saudade e muitos
sorrisos quando leio as peripécias que vivemos e o espanto de como muitos dos
detalhes já vão desaparecendo da memória... e outras que acabaram não sendo descritas, por falta de tempo, talvez, ou por medo de cansar os amigos com tanta conversa. Agora recupero o conteúdo daquele momento, em que iniciamos nosso retorno ao Velho Mundo...
Começamos
do 'começo':... finalmente chegou
o dia da viagem e da maratona.
Na véspera havíamos nos encontrado com amigos em um restaurante das proximidades de onde morávamos e foram mais de 100 pessoas que nos acolheram e vieram nos abraçar... nossa, como emocionou ver tantos corações amigos, ocupando mais da metade do espaço do restaurante, divididos estes entre amigos dos pais e dos filhos, que também eram nossos.
Na véspera havíamos nos encontrado com amigos em um restaurante das proximidades de onde morávamos e foram mais de 100 pessoas que nos acolheram e vieram nos abraçar... nossa, como emocionou ver tantos corações amigos, ocupando mais da metade do espaço do restaurante, divididos estes entre amigos dos pais e dos filhos, que também eram nossos.
Eu mal
comi, levantando-me a cada um que chegava. Queria sentar com todos e ao mesmo
tempo mal conseguia falar - só chorava... desse evento não tenho uma foto
sequer, pois não conseguia fazer outra coisa senão chorar e abraçar... será que
alguém guardou alguma recordação? Só ficou uma foto com duas amigas-irmãs... e
o restante, só na memória.
Mal
dormimos direito. Quase nenhum móvel em casa, as últimas caixas para arrumar,
os últimos itens da mobília restante para entregar (esse é um assunto à parte, muito
rico, para contar em outro momento), começamos a descer a fantástica quantidade
de 32 bagagens, entre malas, caixas e mochilas, sem contar os 5 casacos imensos
nas mãos.
E não
pensem que era fácil: tínhamos um elevador para 8 pessoas, que ia até o
subsolo; depois era necessário subir uma escadaria de uns 15 a 20 degraus até o
térreo e depois... caminhar uns 5 metros da portaria até a porta do caminhão de
transporte - sim porque só um caminhão para levar tudo. Nesse momento os
amigos-heróis já estavam presente, nos ajudando e se revezando pois era um dia
de trabalho normal.
Estávamos
em pleno verão no Rio de Janeiro, mas foi até um verão ameno antes da nossa
partida. Lembro muito bem pois não tínhamos mais os ventiladores de teto (só 1
funcionando, do apartamento) e nem os aparelhos de ar condicionado - que já haviam
sido vendidos e/ou doados.
Imaginem
a cena dessa 'mudança louca' com ainda 3 filhos sempre procurando algo que
faltou ou que não sabe onde estava... e um marido em pós-operatório de uma
cirurgia de emergência de vesícula a 21 dias antes da viagem! E, pior, com
ainda 39 dias de repouso absoluto pela frente, já na nova residência!!!...
Bem,
não sei se na época eu ria de alegria - por todos estarem bem de saúde - ou de
tristeza - o peso maior de toda a organização ficou comigo e continuaria na
Grécia... ai, ai, ai... espero que nisso tudo tenha conseguido um bom desconto em
alguns 'pecados' do passado, tipo as chicotadas nos escravos, as corridas de
bigas sobre os cristãos... algo assim... rsrsrs... brincadeirinha (será?...).
Era muito
cômico ver o marido parado, só "dando ordens", e a esposa 'querida' carregando
malas e malas e caixas... ele ficou agoniado no início mas depois relaxou -
fiquei até na dúvida se a 'emergência' foi "emergência" ou se ele 'pagou
um extra' à equipe médica para ser operado e ficar em repouso durante 60 dias...
rsrsrs... bem, ele jura que não, mas ainda cá tenho minhas dúvidas... rsrsrs...
Chegamos
ao aeroporto com a ajuda de alguns "santos e santas" que nos levaram
em seus carros e outros que ficaram para ajudar a embarcar as malas - quando o
caminhão chegou foi um tal de carrinho para cá e para lá, uma fileira
ennnnnorme! Era tão grande a fila - sei que foram tiradas fotos - que a equipe
de check-in nos reservaram um balcão só para nós... claro que o restante dos
passageiros agradeceram não terem que ficar atrás de nós!!!!
Mas
ainda não acabou a agonia da partida... depois de uma longa espera para iniciar
o check-in, quando tudo parecia bem, descobrimos que as malas de mão só podiam
levar 10, e não 14 kg (tínhamos 20 kg extras nas 5 valises de mão...); e 3
caixas estavam com mais de 32kg (nem comento 'quanto' a mais... só quem vem da
terrinha é que sabe como gostamos de socar bagagem dentro de malas e
caixas...rsrsrs).
Uma
cena hilária que presenciei no aeroporto da cidade do Porto foram 2 estudantes
brasileiros voltando para o Brasil, com 2 malas de porão com mais de 40 kg cada
uma, e ainda brigando porque no check-in exigiram pagamento extra... já viram
estudante com dinheiro? Nem eu!
Um tempo
depois os vi, como doidos, com as malas abertas no chão do aeroporto -
felizmente ele é grande e tem muito chão para se espalhar - e um tal de roupa
para lá, pra cá... Não fiquei para ver o final, mas me lembrei muito do dia 23
de janeiro de 2012... nenhuma saudade, juro!
Voltando à nossa loucura pessoal, o marido 'convalescente' ficou cuidando da bagagem remanescente e os nossos documentos no check-in, e fui correndo com uma
'equipe de socorro' - filhas e amigos - para comprar mais uma caixa, abrir as 3
caixas com excesso, redistribuir tudo, lacrar e embalar com plástico de
proteção e retornar à fila para pesar tudo novamente (nessa hora, o 'kit
emergência' - tesoura e fita cola - salvaram a trupe mambembe que nós 5 já
parecíamos).
Um
detalhe esquecido: antes da fila do check-in tivemos antes a fila para embalar com
plástico de proteção as 16 caixas iniciais e as 5 malas de porão... não tive
muito tempo para observar ao redor, mas acredito que o aeroporto ficou
intransitável naquele dia... foi um teste para as olimpíadas de 2016!...
rsrsrsrs...
Nesse
ponto da 'odisseia', os amigos, já cansados, em estado de choque e alquebrados
pela correria, chororô, 'mimos e subornos' de chocolates e sanduíches para
acalmar a família de barriga vazia - iniciamos a mudança na Tijuca às 11:30h e
encerramos com o check-in lá pelas 16h - ele partiram para suas maratonas de trabalho e
de vida e nós, entre cansaço e muitas lágrimas, entramos pelo portão da polícia
federal, para os vistos.
Mas a
maratona que pensávamos estar encerrada, ainda estava no começo... "ai
Deus, dê-me forças!", eu pedia... não só para o trabalhão anterior e o futuro,
mas para acalmar 3 filhos chorosos e já saudosos dos amigos...
Eu nem pensava muito nas despedidas entre os muitos amigos do trabalho, ESDE, Grúpo de Cárita, parentes e amigos pessoais, do GER, ... , para também não me debulhar em lágrimas: afinal, tinha que ser forte nesse momento de fragilidade emocional e também para cuidar do maridão querido convalescente... rsrsrs ... brincadeirinha, ele estava em agonia por pouco ajudar.
Na verdade não fazíamos ideia
do que estava para acontecer... o marido dizia que tudo seria fácil quando chegássemos, e eu ainda
com esperanças que ele estava certo... pura ilusão!
Novamente
esteiras, abrir e fechar mochila, computadores, tira sapatos, cintos, relógios,
passar pelo detector de metais, etc.. Nesse momento, eu e 3 filhos já não andávamos, mas
nos arrastávamos junto com 5 malas, 5 mochilas e 5 casacos - lembra do 'maridão
convalescente'... pois é, ele só carregava ... ele mesmo! Não, é mentira minha:
ele carregou a água e o cafezinho do nosso almoço quando sentamos para esperar
o voo. E para passear entre as lojas...
E eu?
Ah! Eu estava desmaiada numa cadeira, cercada de bagagens por todos os lados...
Agora,
com ajuda dos mimos que meus amigos rechearam a nossa barriguinha -
nem lembrei que precisava tratar de dar comida à trupe - sentamos finalmente em frente ao balcão de
embarque e 'saquei' de minha mala um big lanche para os filhos. Foram bons momentos
de descanso, quase 4 horas... bem, e depois mais uma e nova corrida para a fila
da entrada no avião, mostrar bilhetes e ... finalmente entrar!
Fiquei
espantada de não ter dado confusão - na ocasião o meu menor tinha 11 anos e
pudemos entra na fila de 'crianças' - claro, e do maridão 'convalescente'... esqueci
de mencionar que até perguntaram-lhe no
check-in se desejava atendimento especial (cadeira de rodas) até o avião, mas
como 'rosnei', ele recusou educadamente. Com certeza ia sobrar para mim
empurrá-lo para lá e para cá... sem chance!!!!
O pessoal
de bordo da Ibéria foram ótimos e nos colocaram em 2 fileiras com 4 lugares -
todos puderam se deitar ou esticar um pouco.
O voo
saiu do Rio com 1h de diferença e chegamos em Madrid com apenas 40 min. para a
conexão (o normal é 100min). Quem conhece Madrid, sabe a maratona nesse aeroporto
imenso (acho que só perde para o Charles De Gaulle em Paris): são muitas
escadas rolantes, elevadores, trem sem condutor por uns 15 minutos e novamente
escadas e muitas esteiras rolantes.
Os 40
minutos foram poucos, pois o portão de embarque era um dos últimos de muitos...
na correria pelo caminho, vi um carrinho vazio no canto e, já esgotada, sai da
esteira do caminho e fui pegá-lo. Meu marido que correu na frente com os
documentos, não me viu e pediu à nossa mais velha para voltar e me procurar.
Resumindo:
ela passou por mim em corredor diferente (enquanto eu pegava o carrinho) e ao
chegar no gate, soube do desencontro e agora, do sumiço dela. Novamente voltei
para procurá-la e depois todos exaustos, estávamos no portão de embarque já com
10 min. de atraso. Foi um verdadeiro 'ralie' por entre elevadores, esteiras,
polícia federal, etc., por conta da minha e a bagagem do Georgios, que não
podia carregar - sabe como é pobre viajando, carrega tudo nas costas para
economizar no transporte...rsrsrs!!!...
Acabou
o cansaço? Nada! Iniciamos o 2º tempo da maratona...
Os 10 min.
se transformaram e 1 h e 30 min. de atraso do voo, por conta de nossa
"pequena" bagagem de porão. A equipe de terra da Ibéria decidiu que
havíamos pago pouco pela bagagem extra: o funcionário responsável pelo embarque
disse que pagamos só até Madrid e que devíamos pagar novamente. Pode uma coisa
dessas????
Depois
de muita discussão "bem calma", "civilizada", em
português-espanhol-inglês (uma salada linguística hilária), o funcionário
"encrenqueiro" aceitou que entrássemos no voo e que pagássemos a
"suposta diferença" em Atenas.
Eu,
esbaforida, entro no voo correndo atrás de todos e carregando 1 mala, 1
mochila, 5 casacos (que nessa corrida todos já ficamos suados e sem nenhum
frio...) e uma sacolinha cheia de lanche (sabe como é pobre viajando, carrega
um ranchinho para filhos para muita paradas, incluindo até guardanapos e copos descartáveis, mais os chocolates e biscoitos que
amigos incluíram em nosso 'farnel' brasileiro...rsrsrs...).
Fomos
recebidos com carinho por toda a equipe de bordo, que nos deram água e nos
levaram para assentos onde cada um de nós ficou com 2 assentos livres. E nos
encheram de mimos e cuidados. Ficamos muito tempo no aeroporto parados, por
causa da colocação da bagagem, que ficou esperando a decisão do 'funcionário
exemplar' de Madrid.
Um
fato curioso foi o silêncio dentro do avião e a cara séria de todos os demais
passageiros que embarcaram no horário, mas estavam presos mais de 1h e meia naquele
avião minúsculo só por nossa causa (causa indireta, devido ao atraso no Rio e
no gate de acesso).
Só
passávamos e dizíamos 'sorry', 'desculpe', 'signome', 'gracias', 'perdon',
'pardon'... foi uma enxurrada de desculpas e agradecimentos em multilinguas,
pois só nos olhavam, sem nada dizer. Não é necessário esclarecer
"quem" eram os passageiros mais barulhentos do avião (na dúvida eu
explico: NÓS)... desculpem-me, mas foi um vexame bem típico de um metrô das 18h
da linha 2 do Rio (que mora lá sabe que lata de sardinha é acomodação de luxo
perto do que se é espremido), uma confusão grande...
Ainda
no corredor do avião, ao passarmos, uma voz se fez soar no avião - uma
espanhola cobrando nosso atraso e, ao dizermos que estávamos no voo do Rio, ela
disse que também estava mas chegou na hora... (e nós com isso!)... mas preferimos
ficar calados porque 'o futuro falará por nós'... um futuro bem próximo, mais
do que imaginávamos.
Bem, o
2º tempo da maratona se encerrou e...
tivemos prorrogação, claro! Como esperado, não seríamos imune ao olhar de todo
o aeroporto (exagero meu... os que embarcavam ficam no andar de cima do
aeroporto e não presenciaram o que aconteceu na chegada...
O avião
estacionou e nós, cientes da confusão que fizemos no embarque, ficamos quietinhos
em nossos lugares até que todos saíssem para não atrapalharmos mais os
passageiros. Ficamos então nós 5, os tripulantes da aeronave e 3 passageiros ao
fundo do avião que se recusavam a se levantar.
Cansados
de esperar que eles saíssem, pensando que estávamos com o título de 'bons
samaritanos', recolhemos nossa bagunça e nos dirigimos à saída. Foi quando
demos de cara na porta do avião com 5 policiais. Pensei: "será que eles
vão nos prender se não pagarmos pela bagagem extra?"
Bem, só
não surtamos os 5 naquele momento porque as algemas era para prender os 3 passageiros
que 'relutantemente' se recusavam a sair antes de nós... eles não saíram do
avião porque não podiam... estavam presos!!! Novamente fizemos um papel cômico...
só me lembrava do Mel Gibson em "máquina mortífera" 1, 2, 3... de
samaritanos, viramos quase os 5 patetas... novamente os enrolados se
destacaram...
Ah! Não
precisamos pagar nada da bagagem, mas por um momento pensei que fosse presa por
contrabando de 'muamba'... rsrsrs.
Mas a
maratona não estava no fim... a prorrogação terminou e ainda tínhamos os "chutes a gol"!...
novos lances hilários eram aguardados...
Saltamos
do voo A SALVO, e fomos para esteira para pegar a nossa 'bagagem'... estávamos
lá nós e TODOS os demais passageiros (exceto os bandidos, felizmente), incluindo
a mulher que reclamou bem na nossa frente, e sabe quais malas chegaram primeiro
que todas? AS NOSSAS, claro: foram as últimas a entrar no avião.
Foram 5
malas e 17 caixas imensas, rodando pela esteira: todos ficaram espantados e nós
ali impávidos, sentindo-nos importantes, tivemos um gostinho de "somos
especiais...!!!!"... rsrsrsrs!!!! Depois disso a senhora que reclamou já
estava nos ajudando... Era uma mala de alguém e 2 nossas. Fomos juntando tudo
para ao final contar se tudo estava lá.
Bem,
uma caixa faltou. Outra maratona... ai, ai, ai... conferir entre 22 recibos
grudados ao bilhete do voo, aquele que pertence à que faltou... mais uns
minutos e novamente estávamos com o setor de desembarque só para nós. Pensei:
vamos sair logo antes de chegar novo voo... ilusão, boa ideia mas inaplicável para
o nosso caso: o registro da perda de bagagem leva vários minutos e outros voos
chegaram. Decidimos então que o maridão ficaria no registro - escolha obvia
pois era o único a falar grego, claro - e eu me dirigi com os filhos e 10
carrinhos lotados com 3 bagagens cada, em direção ao portão "EXIT".
Mas, a alfândega da Grécia fica exatamente na saída, que tem duas estreitas passagens. Por sermos 'especiais',
ficamos em uma passagem e com dois agentes 'só para nós'; e a outra saída, com um agente
para passar TODOS os demais passageiros - nessa hora eu agradeci à Deus por não
ser os passageiros do nosso voo, mas de outros - éramos 'novidade' para eles e
com certeza não iríamos matá-los de raiva...
Em frente
à passagem eram tantas caixas, malas e carrinhos, que os agentes nos
perguntaram o que e continham - dissemos em inglês que estávamos nos mudando
para a Grécia - e nos pediram para ver 5 caixas delas: abrimos a 1ª - só viu
brinquedo usado, roupa e deu o ok. Na 2ª, já viu tudo embolado com papéis,
livros, etc, que desistiram e nos mandaram embora. Fechamos novamente tudo e
novamente colocamos as cinco caixas de volta nos carrinhos.
Mas
como sair com os carrinhos e voltar para pegar os demais? Só se consegue empurrar
um de cada vez, e quem sai não entra... bem, éramos 3 para cuidar dos 10
carrinhos, empurrá-los e cuidar deles lá fora - o marido 'convalescente' e o
filho menor não podiam empurrar, pois os carrinhos estavam super pesados.
A
solução se vislumbrou fácil: uma filha ficou dentro para cuidar dos carrinhos, a
outra foi para fora para procurar os parentes que nos esperavam e receber os
carrinhos. Quando saiu com o primeiro carrinho, 9 permaneceram conosco dentro e
iniciou-se o translado: parada junto à porta do lado de fora, ela e uma prima
atrás da área de saída recebiam os carrinhos que eu empurrava de dentro...
misturados aos carrinhos e demais passageiros que saíam naquele momento: foi
uma cena hilária - devíamos ter filmado e vendido o roteiro para a novela
Avenida Brasil!!!!... rsrsrs...
Voltando
ao 'script'... eu dava um empurrão carrinho a carrinho porta a fora e a prima os
pegava (a filha nesse momento já exausta, se misturava com os parentes),
empurrando-os por sua vez para trás. Os guardas, já cansados da bagunça e do
movimento, acabaram por ajudar, passando também a empurrar carrinhos: uma verdadeira
desordem organizada... e não é mera coincidência com as cenas dos filmes do Mr.
Bean: ele nos copiou!... rsrsrs...
E o
final dos 'chutes a gol' dessa maratona esportiva? Enfim todos chegamos sãos e
salvos, só faltando 1 bagagem que foi passear em Londres e retornou dois dias
depois, e um transporte para a mudança até o apartamento, em nosso novo lar,
onde chegamos sãos e salvos depois das 9h da noite - 5 horas da tarde do dia
seguinte da viagem.
E acabou?
NADA! Depois de quase 30 horas de viagem - porta-a-porta (saída das caixas no Rio
e chegada das caixas em Atenas), encontramos uma temperatura 'amena' de 3 a 5
graus lá fora, mas quentinho e guardados ao abrigo do frio em um "acampamento"
espaçoso: sem copo, prato, fogão, geladeira, cama, etc - só os armários da
cozinha e quartos, 3 escrivaninhas (escritório) para os filhos estudarem (que
compramos antes): imagine a 'cara' dos filhos ao verem a 'mobília' para eles - não
sabiam se riam ou choravam...
Pois
é, eu sempre digo: pai e mãe BONS são os que não tem onde por os filhos para
sentar, dormir ou comer, mas não esquecem de ter um lugar para os filhos
estudarem!... rsrsrs... A coisa só não ficou pior para o nosso lado porque o
maridão 'convalescente' não podia montar as tais escrivaninhas e elas ficaram ainda
desmontadas por um bom tempo...
O que
aconteceu depois?
Bom,
só na próxima postagem, pois esta já ultrapassou 7 páginas! Foi uma maratona
ler, não é verdade? Cansou ler e imaginar a grande epopeia que vivemos... digna
de um filme Jerry Lews ...
Sabe, como é bom poder ler com detalhes o que escreveu em um momento do passado, que se estava vivendo... aconselho a todos esse exercício! Mas com otimismo: escreva os momentos felizes enquanto estiverem acontecendo, deixando para mais tarde os momentos difíceis, sempre depois que eles terminarem! Assim a vida ficará mais leve...
Me voltou tudo à memória, como num filme!
ResponderEliminarUma bagagem difícil de embarcar porque não ia em cada caixa só o material, ia a história de cada objeto, ia uma lembrança, um pedacinho da Pátria mãe, uma referência "de casa" de sua origem. Aquelas coisinhas que na Grécia vão sempre ter o gostinho de Brasil. bjs pra vocês!
Que viagem..... Parece que foi ontem!!! Saudades dessa época, apesar da odisseia :P ahahhahahahaha
ResponderEliminarCaramba, tinham algumas coisas que eu nem me lembrava. uhahuauahuhuauhauhahuahuuhahuahuahuauhahuhu A única vantagem dessa maluquice toda? O voo foi o mais confortável que tivemos, tendo dois bancos para cada um e podermos deitar :)
ResponderEliminarUma grande epopeia mesmo!!!
Beijinhos