Em uma série famosa americana, um médico afirma que todos os pacientes mentem... Se analizarmos tudo o que nos chega pelos meios de comunicação, nem sempre é possível "separar o joio do trigo". É preciso usar o nosso discernimento através do uso do bom senso, lógica e razão, para não nos iludirmos. A emoção não deve entrar nesse contexto, que não é o mesmo que sentimentos: a emoção muitas vezes nos cega e engana!
Quando meus filhos eram pequenos, constantemente me chamavam para ver uma notícia ou um comercial, que afirmava mentiras e eles acreditavam porque 'o moço disse'... e quando eu dizia que as suas palavras ou a imagem não eram verdadeiras, eu sempre via seus olhares perplexos e ouvia a mesma pergunta: "por que eles mentiram?". Dai para diante, até amadurecerem um pouco mais, sempre nos perguntavam: 'é verdade, mãe?'.
Todo bom orador precisa ter Empatia que, no sentido léxico, é a capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente, de querer o que ela quer, de apreender do modo como ela apreende, etc.
Empatia nada tem a ver com sinceridade ou com verdade. O que inspira o homem usar sua capacidade de empatia para com seu semelhante é o seu caráter. A história está repleta de grandes gênios, filósofos, políticos e religiosos que trouxeram as luzes de novas ideias, ou a escuridão da ignorância, da intolerância ou da alienação.
E a tecnologia da comunicação passou a ser a grande ferramenta da disseminação de ideias e de comportamentos. Todas os poderosos sob o ponto de vista político, econômico e/ou religioso vem ampliando sua esfera de influência por essa tecnologia.
Já não podemos mais nos enganar por boas aparências, títulos ou nomes: é preciso haver conteúdo. Concluíndo, é preciso que a mensagem esteja aliada ao exemplo!
Se um político tem empatia, ele pode levar o povo ao progresso ou ao desequilíbrio - um exemplo é Hitler e Churchill, ambos contemporâneos, que usaram as trnsmissões radiofônicas para falar ao povo. Ambos possuíam empatia. Ambos eram seguidos e idolatrados pelo povo, mas tinham objetivos diametralmente diversos.
O que nos falta ainda é aprender a não nos atermos à imagem, mas sim ao conteúdo - dizem que Hitler magnetizava o povo com seus discursos, mesmo sem conteúdo...
O amadurecimento da humanidade ainda está distante, mas ela não é coletiva: é individual. Quando as individualidades amadurecem, a sociedade muda.
Ouvi pessoas dizerem que votaram em um determinado político porque 'era bonito'; ou que são fãs de alguém famoso 'porque é uma pessoa tão boa', pelo que se comenta na mídia; ou que se emocionaram com um religioso 'por ele ter nome de santo de devoção', 'por falar palavras bonitas'... Devemos estar atentos se estamos querendo ser enganados, criando esteriótipos, ou sermos esclarecidos.
Filosofias e religiões já existem suficentemente para atender nossa necessidade humana e religiosa. Falta o exemplo.
A teconologia aproximou o homem e reduziu as distâncias físicas, tornando mais transparente os fatos, pela velocidade de divulgação. Falta avaliar o conteúdo.
Hoje o Brasil e o Rio de janeiro respiram em função da visita do representante religioso da igreja católica romana, que é o reprentante político de um país sem democracia, e que não é mais a religião dominante, mas de parte da população. A cidade parou literalmente!
Amanhã será de uma copa e de uma olimpíada, e novamente ver-se-á o 'Brasil parar' para atender ao esporte ou ao turismo ou a uma crença religiosa. Um país não pode viver aos solavancos.
Lembro que um ano foi o 'ano-dos-feriados', seguido pelo ano das eleições e depois da copa/olimpíadas: tudo era motivo para "enforcar" o trabalho, enforcando o país!
Há coisas muito mais urgentes que feriados prolongados, grandes solenidades, espetáculos ou discursos, via satélite. São elas a pobreza, a violência e a ignorância que não precisa da mídia ou de efeitos especiais, pois está alí, aos nossos pés, em qualquer esquina.
A crise é seria e cada um de nós precisa se responsabilizar pela sua parcela de trabalho ou de alienação nesse latifúndio!
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